Capítulo 130

“Carlos, a Joana disse–me que amanhãá teria alta do hospital. Ia dizer–lhe que a traria para casa, mas hoje saímos com tanta pressa que me esqueci de lhe dizer.” 

*Ela procurou por você?” Carlos ficou atordoado. “Quando foi isso?” 

“Ontem à noite; não muito depois que você saiu. Parecia que algo a estava incomodando, e ela até mencionou que queria se mudar. Demorei um pouco para convencê–la a ficar. 

Enquanto isso, Carlos começou a parecer preocupado. Eu poderia dizer que ele havia descoberto o que Joana estava fazendo. “Ela pode se mudar se quiser. Por que você a convenceu a ficar?” 

“Carlos, o que está acontecendo?” 

“Nada demais. Só acho que a Joana tem sido uma chatice recentemente, e ela vai te incomodar de vez em quando. Você é uma senhora grávida agora, então por que ela deveria sobrecarregá–la com seus problemas?” 

Pelo som, parecia que Carlos estava preocupado comigo, mas eu quase podia dizer o quão infeliz ele devia estar em seu coração. 

Em vez de ficar longe de nós, não esperava que Joana jogasse essa carta e esperava que eu a protegesse. Eu podia imaginar como Carlos devia estar irritado com ela. 

Nesse momento, intencionalmente joguei a pergunta de volta para ele. “Isso é uma boa ideia?”

“Claro. Como amiga, você já a ajudou com o melhor de sua capacidade. Se ela mencionar a você novamente que quer se mudar, você deve deixá–la fazer isso.” 

“Mas eu ainda quero compartilhar alguns pensamentos sobre minha gravidez com ela.” 

“Você disse a ela que estava grávida?” Carlos quase pulou de susto. 

“Não. Eu me lembro do que você me disse. Não direi uma palavra até estar grávida de três meses.” 

Carlos exalou de alivio enquanto eu me sentia sem palavras. “Carlos, você vai traze–la do hospital para casa amanhã?” 

“Peça a ela para chamar um táxi com a mamãe.” 

“Claro. Vou ligar para ela então.” 

Quando ia ligar para Joana, ouvi a voz da minha sogra. “Onde está Carlos?” 

Deve ter sido meu sogro quem a contatou depois de ver todos os hematomas no rosto de Carlos. Ela deve ter voltado para casa para ver o filho. 

No momento em que Carlos e eu nos levantamos e abrimos a porta do nosso escritório, vimos o olhar nervoso em seu rosto quando ela agarrou o braço do meu sogro e perguntou: “Por que você não perguntou direito a ele? Quem bateu nele? Por que aquela pessoa o espancou? 

Estando tão ignorante quanto ela, ele só podia balançar a cabeça. “Carlos se recusa a dizer qualquer coisa.” 

“Mãe, você está em casa?” 

Ao saber que era eu, minha sogra virou–se e soltou uma expressão de pesar ao ver os hematomas no rosto de Carlos. “Carlos, quem te bateu? Por que aquele filho da peta te bateu? Hein?” 

Enquanto ela disparava ansiosamente todas as perguntas a Carlos, outra pessoa entrou pela porta – era Joana, que gritou ao 

ver a cara de Carlos. 

Era óbvio que Joana se sentia extremamente mal por Carlos. Ao ver Joana, resfolguei em meu coração. “Joana, você tambem está em casa?” 

“Sim, estou. Voltei imediatamente com a Sra. Morais no momento em que soubemos que Carlos havia sido espancado. O que aconteceu de fato?” A Joana entrou pela porta atrás da minha sogra Apesar de terem voltado juntos, Joana não conseguia andar tão rápido por causa da gravidez. 

“Então, o que realmente aconteceu? Seu pai so me disse que você foi espancado, mas não disse por que“, continuou minha 

sogra 

“Você está realmente me perguntando isso? Carlos olhou para minha sogra um tanto impaciente. “Você não causou isso?” “O qué? Eu? O que eu fiz?” Ela parecia totalmente confusa.