Capítulo 44
“Esta manhã, ouvi dizer que a Sra. Ramos vai comprar presentes para eles, então eles saíram logo após o café da manhã”, relatou Vitória.
Aquela p*ta da Joana queria comprar presentes como forma de agradar a família do Carlos.
No entanto, conhecendo os Morais, certamente não eram do tipo que se contentariam facilmente. Por dentro, ela estava sorrindo. Vamos esperar para ver com que paciência ela lida com os Morais.
Ao observar cada expressão minha, Vitória notou que eu não havia reagido diferente. “A Sra. Ramos parece muito simpática com a Sra. Morais e com a Pâmela. Se eu não soubesse, pensaria que elas são como uma família…”
A conversa foi bastante interessante. Percebi que eles começaram a criticar Vitória desde que o plano da minha sogra não saiu como ela queria.
Sendo alguém de raciocínio rápido, Joana ficaria, sem dúvida, do lado dos Morais. A julgar pela expressão de Vitória, percebi que ela estava cheia de ressentimento contra Joana.
Obviamente, este era de fato o cenário exato que eu estava antecipando.
“Bem, acho que é um sentimento mútuo. A Joana é simpática com a minha sogra e com a Pâmela porque ambas a tratavam da mesma forma“. Agindo toda inocente, fingi que não sabia o que estava acontecendo.
Vendo–me tão ignorante, Vitória resolveu desabafar. “Linda, há algo que eu gostaria de lhe dizer, mas não tenho certeza se você vai acreditar em mim“.
“Vitória, pode ser honesta comigo.”
“Quem é esta Joana? E por que diabos ela está morando aqui?”
“Ela era minha colega de classe. Seu marido faleceu e, como mulher grávida, ela não tinha ninguém de quem depender. Fiquei com pena dela, então a convidei para ficar em nossa casa só para que eu pudesse cuidar dela.”
“Linda, você é uma pessoa tão bondosa, mas Joana, ela não possuí a mesma bondade. Você realmente tem que tomar cuidado com ela.”
“Sério? Joana também é gentil. Como ela pode ser uma pessoa má?” Eu perguntei, deliberadamente fazendo uma cara chocada.
Embora Vitória pretendesse me ajudar, ela ainda era apenas uma governanta, portanto seria sensato não revelar a ela o que eu tinha na minha
manga.
“Eu sabia que você iria dizer algo assim. Linda, essa Joana não é quem você pensa que é. Quando você está fora do trabalho nestes últimos dias, muitas vezes a ouço falando mal de você na frente da Sra. Morais e de Pâmela.”
“Fala mal de mim?” Eu perguntei com descrença. “Vitoria, o que ela falou de mim?”
