Capítulo 63
“Não“, ele negou.
“Então é por causa do trabalho?” Eu queria irritá–lo.
“É
por causa daquele cara agora,” Carlos finalmente admitiu.
“Ele é rude,” cu disse de propósito.
“Ele sempre foi assim.” Meu comentário levantou um pouco seu ánimo.
“Quem é ele?”
“Você não o conhece?” Carlos perguntou, e por algum motivo, ele olhou para mim.
Isso me surpreendeu e percebi que ele estava tentando dizer alguma coisa. Será que ele soube que eu recebi o Henriques em sua visita à nossa empresa? Não, nossa empresa não tem nenhum vinculo com a do Carlos. Ele não vai perder tempo com isso. Refutei minha ideia. “Devo conhecê–lo?”
Carlos soltou um suspiro de alivio. “Ele é o Henriques Ribeiro, um playboy famoso. Ele faz o que quer, já que é rico. Muito infame entre nós, mas as mulheres o procuram por causa de sua aparência.”
Fazer comentários sobre uma pessoa não era algo que Carlos fazia, mas agora ele estava fazendo um mau comentário sobre Henriques. Obviamente, ele não gostava dele.
“Eu não acho ele bonito, pelo menos em comparação com você.” Precisei de tudo que eu tinha para segurar meu vomito. “Então, por que você fala com ele?”
Aparentemente, meu comentário acariciou seu ego. “Não quero, mas minha empresa tem negócios com a dele“, disse–me at verdade, que era rara.
Isso respondeu à minha pergunta. Henriques era um homem melhor tanto em poder quanto em personalidade. Carlos tinha ciúmes dele, mas teve que entrar em contato com Henriques por causa de seus laços comerciais. Não é à toa que ele teve que bajular Henriques, e não é à toa que ele estava chateado. Eu zombei baixinho antes de mudar de assunto para Joana. “Querido, a Joana tem que ficar um tempo no hospital. Estou preocupada, então o que você acha de eu pedir alguns. dias de folga para cuidar dela?”
“Você não precisa,” ele descartou a ideia rapidamente. Preocupado com a possibilidade de eu suspeitar de algo, ele acrescentou: “Os médicos e enfermeiras cuidarão dela. Mamãe e Vitória também estão lá. Não é como se você pudesse ajudar muito, e você precisa cuidar de Bianca também“.
Como se eu quisesse ajudar. Eu propus isso para evitar que ele suspeitasse de mim de alguma coisa, então sua recusa era exatamente o que eu queria. Depois de pegar Bianca em seu jardim de infância, fomos fazer algumas compras antes de ir
para casa.
Bianca brincava com seus blocos de brinquedo na sala, enquanto Carlos vestia o avental e preparava o jantar. “Você precisa de alguma ajuda, querido?” Perguntei.
Carlos sabia que eu era um desastre ambulante na cozinha, então recusou: “Fique de olho na Bianca. Estou perfeitamente bem cozinhando sozinho.
Resmunguei e voltei para o meu quarto. Quando ia abrir a porta, lembrei–me da Vitória a dizer–me que a Joana caiu à porta do meu quarto. Como ela caiu afinal? Atiçada pela minha curiosidade, vasculhei o tapete, mas não havia nada suspeito ali. Intrigada, entrei no meu quarto em busca de respostas.
